FAGOINIBIÇÃO DE PLANTAS NATIVAS SOBRE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS DE BRADYBAENA SIMILARIS (FÈRUSSAC, 1821)
Autor(es): Lidiane Cristina da Silva, Fabiola Almeida Matos De Souza, Luana Cortez, Jairo Pinheiro, Elisabeth Cristina de Almeida Bessa
FAGOINIBIçãO DE PLANTAS NATIVAS SOBRE METABOLISMO DE CARBOIDRATOS DE BRADYBAENA SIMILARIS (FèRUSSAC, 1821)
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES
Bradybaena similaris (Fèrussac, 1821) é um molusco terrestre oriundo da Ásia que participa como hospedeiro intermediário no ciclo de helmintos de importância medico-veterinária como Angiostrongylus costaricensis (Chen, 1935), Eurytrema coelomaticum (Giard & Billet, 1892) e Postharmostomum gallinum (Witenberg, 1923). Para impedir a continuidade do ciclo dos parasitos e a infecção de novos animais pode-se utilizar moluscicidas de origem vegetal, como alternativa aos químicos sintéticos empregados, pois podem apresentar menos efeitos colaterais ao ambiente e a espécies não-alvo. O presente estudo teve por objetivo avaliar a fagoinibição pelas folhas de Sapindus saponaria L. (Sapindaceae), Senna occidentalis (Leguminosae) e Solanum paniculatum (Solanaceae), as quais estão amplamente distribuídas no território nacional. Foi observado o efeito da ingestão destas no conteúdo de proteínas totais compostos nitrogenados de excreção (ureia e ácido úrico) na hemolinfa de B. similaris. Os experimentos foram conduzidos utilizando 90 moluscos (10 moluscos/grupo) com três repetições e um grupo controle para cada planta. Foram oferecidos 2g de ração acrescida de 10% de cada planta. Após um período de 72 horas, amostras de hemolinfa foram coletadas para análise bioquímica. O consumo médio nos grupos não foi afetado, porém os níveis de proteínas foram significativamente reduzidos pela ingestão das três plantas. Houve uma redução significativa na concentração de uréia nos moluscos que ingeriram S. paniculatum e na concentração de ácido úrico para os moluscos que ingeriram S. occidentalis e S. paniculatum. A ausência de atividade fagoinibidora favoreceu a intoxicação dos moluscos, sendo possível inferir que os animais utilizaram as reservas de proteínas totais como fonte energética. Assim, acredita-se que a ingestão possa ter afetado a conversão de energia do alimento ou sua utilização para combater os efeitos da intoxicação. Assim, o estresse causado pela intoxicação pode inviabilizar a continuidade do ciclo dos moluscos e consequentemente o dos helmintos que utilizam B. similaris como hospedeiro intermediário.