ANAIS 2014
BABESIOSE CANINA EM CÃES DE ITUBERÁ, BAHIA, BRASIL
Autor(es): TATIANI VITOR HARVEY, MAIRA SILES ASSUNÇÃO, PAULA ELISA BRANDÃO GUEDES, THAÍS NASCIMENTO DE ANDRADE OLIVEIRA, MILANE RIBEIRO SANTOS, GEORGE REGO ALBUQUERQUE, FABIANA LESSA SILVA, RENATA SANTIAGO ALBERTO CARLOS

BABESIOSE CANINA EM CÃES DE ITUBERÁ, BAHIA, BRASIL
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES;FAPESB;ICB-UESC
Babesia sp são hemocitozoários transmitidos, principalmente, pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, que provocam doença clínica em canídeos domésticos, cujo grau de severidade pode levá-los à morte. A prevalência das infecções depende da carga parasitária e do estado imunológico destes animais, bem como do seu habitat e do método diagnóstico utilizado. O diagnóstico baseia-se em análise de esfregaço sanguíneo, sorologia e testes moleculares. Objetivou-se, com este trabalho, verificar a prevalência da babesiose canina na população canina de Ituberá, Bahia. Foram confeccionadas 396 lâminas de esfregaço sanguíneo de ponta de orelha de 396 cães provenientes de bairros da cidade de Ituberá, para a identificação dos bioagentes. As lâminas foram coradas com o kit Panótico e examinadas ao microscópio óptico com objetiva de 100x. Para a sorologia foram coletados 03 mL de sangue venoso, em tubos a vácuo sem EDTA. As amostras foram centrifugadas e os soros acondicionados em microtubos. Babesia sp foram identificadas em 0,5% das lâminas. Ambos os animais eram fêmeas e não apresentavam carrapatos. Quanto a RIFI, das 400 amostras analisadas 146 (36,5 %), 30 (20,5%) e 07 (23,3%) foram positivas nas diluições 1:40, 1:80 e 1:160, respectivamente. Em 52 (35,6%) dos animais positivos observou-se a presença de carrapatos. A baixa prevalência observada para babesiose pelo exame de ponta de orelha pode ter relação com a baixa especificidade do exame parasitológico direto, o mais adequado para a fase aguda da infecção, quando ocorre alta parasitemia. A RIFI adequa-se às fases subclínica e crônica da infecção e, quando comparado à pesquisa no esfregaço sanguíneo, geralmente apresenta valores elevados, porém não indica doença clínica em curso, pois animais que tiveram contato prévio com a Babesia e foram tratados podem manter anticorpos, apresentando-se positivos neste exame. Desse modo, pode-se concluir que os cães do município de Ituberá estão expostos aos agentes da babesiose canina.