ANAIS 2014
AVALIAÇÃO ANTIPARASITÁRIA IN VITRO DE PLANTAS DO BIOMA PAMPA SOBRE HAEMONCHUS CONTORTUS DE OVINOS
Autor(es): Luciana Ferreira Domingues, Rafaela Regina Fantatto, Daniela Rettondini Laurini, Márcio Dias Rabelo, Rossana Leitzke Granada, Alessandro Pelegrine Minho, Ana Carolina de Souza Chagas

AVALIAçãO ANTIPARASITáRIA IN VITRO DE PLANTAS DO BIOMA PAMPA SOBRE HAEMONCHUS CONTORTUS DE OVINOS
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Embrapa Pecuária Sudeste
» Agência de fomento e patrocinadores: Projeto Embrapa nº 02.11.07.006.00, FAPESP bolsa de pós-doutorado processo 2013/12152-0.
O Bioma Pampa brasileiro possui características ideais para o desenvolvimento da pecuária, além disso, configura uma fonte única de biodiversidade e de compostos bioativos que podem ser explorados para uso no controle de parasitas. As nematodioses gastrintestinais causam grandes prejuízos, especialmente devido à resistência parasitária. Este trabalho teve por objetivo avaliar a atividade anti-helmíntica de 10 extratos de espécies vegetais do Bioma Pampa, preparados na Embrapa Pecuária Sul, sobre Haemonchus contortus. Foram avaliados os extratos aquosos de Eugenia uniflora (pitanga), Daphnopsis racemosa (embira), Eupatorium buniifolium (chirca), Senecio brasiliensis (maria mole), Eryngium horridum (caraguatá), Bidens pilosa (picão preto), Schinus lentiscifolius (aroeira cinzenta), Solidago chilensis (erva lanceta), Vernonia mudiflora (alecrim do campo) e Baccharis trimera (carqueja) no teste in vitro de eclodibilidade de ovos (TEO) com o isolado H. contortus (Embrapa2010). Os extratos foram avaliados na Embrapa Pecuária Sudeste nas concentrações de 0,78 a 50 mg/mL em seis repetições, incluindo o controle com água destilada. Cerca de 100 ovos foram incubados em placas de 24 poços a 27°C por 24 h. Os resultados foram analisados via Probit do SAS para determinação da CL50 e CL90. No TEO, as CL50 e CL90 foram, respectivamente: 10,3 e 26,9, 12,0 e 21,3, 1,2 e 2,4 e 9,7 e 33,1 mg/mL, para E. horridum, S. chilensis, S. brasiliensis e B. pilosa. Para as espécies E. buniifolium e D. racemosa foi possível obter somente as CL50: 39,0 e 93,3 mg/mL, respectivamente. Em relação a E. uniflora, S. lentiscifolius, V. mudiflora e B. trimera não foi possível calcular as CLs, pois a eficácia máxima obtida a 50 mg/mL foi de 27,5, 21,6, 16,1 e 15,8%, respectivamente. S. brasiliensis se mostrou a espécie mais promissora, com baixíssima CL90. Estudos adicionais quanto à fitoquímica se fazem necessários no sentido de se obter maiores informações dos compostos envolvidos nessa atividade antiparasitária.