ANAIS 2014
VALORES GLICÊMICOS EM HOLOCHILUS SP.: COMPARAÇÃO ENTRE ANIMAIS POSITIVOS E NEGATIVOS NATURALMENTE PARA SCHISTOSOMA MANSONI
Autor(es): João Gustavo Mendes Rodrigues, Nêuton Silva-Souza, Gleycka Cristine Carvalho Gomes , Guilherme Silva Miranda, Maria Gabriela Sampaio Lira, Ranielly Araújo Nogueira

VALORES GLICÊMICOS EM HOLOCHILUS SP.: COMPARAÇÃO ENTRE ANIMAIS POSITIVOS E NEGATIVOS NATURALMENTE PARA SCHISTOSOMA MANSONI
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual do Maranhão- UEMA
» Agência de fomento e patrocinadores: UEMA/FAPEMA
O Schistosoma mansoni é um helminto trematódeo causador da doença esquistossomose, popularmente conhecida no Brasil como "Barriga d'água", "Xistose", este apresenta um ciclo de vida heteroxênico, envolvendo hospedeiros definitivos (seres humanos e algumas espécies de roedores) e intermediários (caramujos Biomphalaria sp). Nos hospedeiros definitivos esse parasito se aloja no fígado, causando danos irreversíveis no órgão, podendo está contribuindo para a inibição do metabolismo do glicogênio (responsável pela liberação da glicose). Nesse contexto, objetivou- se verificar e comparar diferenças entre roedores Holochilus sp, quanto aos valores dos níveis glicêmicos de animais positivos e negativos naturalmente para S. mansoni. O trabalho foi realizado na cidade de São Bento - MA, este município é referência para o encontro de roedores do gênero Holochilus, que na região estão associados ao Biomphalaria sp., realizando o ciclo da esquistossomose silvestre. Fez- se a captura de 50 roedores nessa região por armadilhas do tipo TOMAHAWK. Os exemplares foram conduzidos ao laboratório e analisados pelo método de Kato-Katz, para comprovar a positividade para S. mansoni. Em seguida, foram anestesiados apropriadamente, e realizou- se análises biométricas e a coleta sanguínea pela veia porta hepática. O sangue coletado foi analisado com base nos procedimentos do Kit Bioclin - Glicose Monoreagente®, e posteriormente, foi feito a comparação dos níveis glicêmicos. Em relação à positividade, mostrou que de cada cinco roedores analisados pelo menos dois estavam infectados pelo parasito S. mansoni. Quanto aos níveis glicêmicos, os roedores positivos (21 exemplares) para S. mansoni tiveram valores bem menores (devido ao acometimento dos órgãos responsáveis pela produção da glicose) do que os roedores negativos (29 exemplares), que tiveram valores acima do esperado. Sendo assim, esses roedores atuam como excelentes reservatórios naturais de S. mansoni, o que acarreta uma transmissão maior da doença, e apresentam quando contaminados uma hipoglicemia, ou seja, níveis glicêmicos baixos.