ANAIS 2014
PESQUISA DE COCCÍDIOS DA FAMÍLIA SARCOCYSTIDAE EM PINGUINS-DE-MAGALHÃES (SPHENISCUS MAGALLANICUS)
Autor(es): Igor da Cunha Lima Acosta, William Alberto Cañón-Franco, Natalia López-Orozco, Emy Hiura, Luis Felipe Silva Pereira Mayorga, Arlei Marcili, Solange Maria Gennari

PESQUISA DE COCCíDIOS DA FAMíLIA SARCOCYSTIDAE EM PINGUINS-DE-MAGALHãES (SPHENISCUS MAGALLANICUS)
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de Sao Paulo
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Protozoários da Família Sarcocystidae parasitam mamíferos, aves, repteis, anfíbios e peixes, com transmissão ligada a relações presa-predador. Os pinguins-de-magalhães (Spheniscus magallanicus), em seu processo migratório da região da Patagônia para o Brasil, sofrem muitos encalhes nas águas do litoral brasileiro, sendo resgatados, tratados e quando possível soltos em épocas apropriadas para retorno à Patagônia. Entretanto muitos animais chegam bastante debilitados e não conseguem sobreviver. Este estudo teve por objetivo determinar a ocorrência de protozoários da Família Sarcocystidae em amostras teciduais de pinguins-de-magalhães que foram resgatados no litoral do estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo e encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), no município de Cariacica, ES no ano de 2013. Foram examinados tecidos de 54 animais que sofreram morte natural no Centro de Reabilitação. Foram coletadas amostras de cérebro, coração e músculo peitoral de cada ave e estas amostras foram mantidas congeladas até a realização das análises moleculares. O DNA foi extraído pelo método do fenol-clorofórmio seguido da análise molecular com o marcador SSUrDNA com um tamanho esperado de aproximadamente de 300 pb e posterior sequenciamento. Quatro indivíduos capturados no litoral do Espírito Santo (2) e do Rio de Janeiro (2) foram positivos pela amplificação do locus 18S em cérebro (4), coração (3) e músculo peitoral (2). Até o momento, foram obtidas três sequências de duas aves resgatadas no litoral do Rio de Janeiro, sendo duas de cérebro e uma de coração e todas com similaridade de 97% com o gênero Sarcocystis. Esta é a primeira descrição de coccídios do gênero Sarcocystis em pinguins-de-magalhães.

Palavras chave: Pinguim-de-magalhães, Sarcocystis spp, Brasil