ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SEXOS DE ROEDORES DO GÊNERO HOLOCHILUS, INFECTADOS EM LABORATÓRIO
Autor(es): Guilherme Silva Miranda, Gleycka Cristine Carvalho Gome , Débora Martins Silva Santos, João Gustavo Mendes Rodrigues, Maria Gabriela Sampaio Lira, Ranielly Araújo Nogueira, Nêuton Silva -Souza
ESQUISTOSSOMOSE MANSôNICA: ANáLISE COMPARATIVA ENTRE OS SEXOS DE ROEDORES DO GêNERO HOLOCHILUS, INFECTADOS EM LABORATóRIO
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão - FAPEMA
Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
A esquistossomose é uma das parasitoses humanas mais difundidas no mundo e o seu controle torna-se imprescindível. É uma doença cujo parasito necessita de dois hospedeiros: o intermediário (caramujo do gênero Biomphalaria sp.) e o definitivo (seres humanos). No entanto, estudos a respeito do roedor do gênero Holochilus encontrado no município de São Bento-MA, onde a presença do parasito é evidente, reafirmaram a importância deste na manutenção do ciclo como hospedeiro definitivo. Nessa perspectiva o objetivo proposto foi descrever e comparar a manifestação da doença entre os sexos do roedor do gênero Holochilus. Sendo que os caramujos foram coletados em São Luís e submetidos a testes de positividade e os Holochilus utilizados foram nascidos e criados em laboratório. Para a infecção destes utilizou-se 150 cercárias dos caramujos positivos ao teste. Os roedores foram submetidos a análises parasitológicas semanais através do kit Kato-Katz durante 30 dias e, tiveram logo após, seus fígados, baços e intestinos retirados para a verificação de vermes adultos e para a confecção das lâminas histológicas. Cerca de 62,5% dos machos eliminaram ovos nas fezes e em maior quantidade do que as 10 % das fêmeas positivas. No entanto os vermes adultos foram coletados em maior quantidade nas fêmeas do que nos machos. Já as lesões hepáticas foram mais graves em machos. O que nos leva suscitar a presença de algum mecanismo a nível hormonal existente nas fêmeas que inibam a postura dos ovos em grande quantidade, ou que acelere esse processo nos machos, tornando-a resistente em alguns estágios da infecção, fornecendo assim novos indícios para pesquisas em torno de novos compostos bioquímicos que possam ser utilizadas como alternativas para o controle da doença. Além do mais, todos os resultados foram comprobatórios de que o roedor do gênero Holochilus é capaz de manter o ciclo do helminto.