ANAIS 2014
IDENTIFICAÇÃO ECTOPARASITÁRIA DO ROEDOR DO GÊNERO HOLOCHILUS, HOSPEDEIRO ALTERNATIVO DA ESQUISTOSSOMOSE
Autor(es): Guilherme Silva Miranda, Gleycka Cristine Carvalho Gomes, João Gustavo Mendes Rodrigues, Maria Gabriela Sampaio Lira, Ranielly Araújo Nogueira, Roberta Sabrine Duarte Gondim, Nêuton Silva-Souza, Tiago da Silva Teófilo

IDENTIFICAçãO ECTOPARASITáRIA DO ROEDOR DO GêNERO HOLOCHILUS, HOSPEDEIRO ALTERNATIVO DA ESQUISTOSSOMOSE
» Área de pesquisa: ENTOMOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Científico do Maranhão - FAPEMA Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
O estudo de ectoparasitos em roedores tem ganhado grande destaque no meio científico devido ao fato do parasitismo por artrópodes transmitir diversas doenças como o tifo murino, febre maculosa, escabioses etc., e o hospedeiro ser importante dispersor de bioagentes como: vírus, bactérias, protozoários e endoparasitos. Nesse sentindo o roedor do gênero Holochilus encontrado na região de São Bento, Baixada Maranhense, encontra-se como importante mantenedor do ciclo da esquistossomose nessa localidade. No entanto, com intuito de ampliar a faixa de parasitoses possíveis que esse roedor possa transmitir, objetivou-se realizar a identificação dos ectoparasitos presentes nesses animais de forma a descrever a dinâmica da inter-relação parasito-hospedeiro-ambiente. Para tanto foram realizados coletas mensais de roedores com armadilhas do tipo TOMAHAWK, onde os exemplares coletados foram anestesiados para possibilitar a contenção mecânica. Logo após foram utilizados pentes finos e pinças metálicas para a retirada dos ectoparasitos, que foram armazenados em álcool a 70% e identificados com auxílio de chaves taxonômicas. Como resultado obtivemos um total de 67 roedores e 2675 ectoparasitos, sendo estes distribuídos em 5 famílias: Listrophoridae, Macronyssidae, Poliplacidae, Laelapidae e Cuterebridae. Até o momento somente Poplyplax spinulosa (Poliplacidae) foi possível identificação em nível de espécie. A família Listrophoridae obteve os maiores índices epidemiológicos e a Macronyssidae os menores. O peso e o comprimento total não influenciaram a dinâmica populacional de ectoparasitos para fêmeas, para machos o peso influenciou positivamente. Coinfecções múltiplas triplas entre táxons de ectoparasitos foram as mais evidenciadas (Poliplacidae/Laelapidae/Listrophoridae). A positividade para Schistosoma mansoni pareceu influenciar negativamente a intensidade máxima de ectoparasitos no animal parasitado. O índice pluviométrico influenciou positivamente todas as famílias, no entanto quando muito elevado, afetou a todas negativamente, exceto o representante da família Cuterebridae. A espécie Polyplax spinulosa constitui o primeiro registro para o gênero Holochilus e todas as famílias para a região de São Bento.