FELINO DOMÉSTICO E RHIPICEPHALUS SANGUINEUS INFECTADOS POR EHRLICHIA CANIS NO BRASIL
Autor(es): ísis Assis Braga, Ingrid Savino de Oliveira Dias, Isis Indaiara Indaiara Gonçalves Granjeiro Taques, Andréia Lima Tomé Melo, Rute Witter, Daniel Moura de Aguiar
FELINO DOMéSTICO E RHIPICEPHALUS SANGUINEUS INFECTADOS POR EHRLICHIA CANIS NO BRASIL
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPEMAT, CAPES, PROPEQ
Ectoparasitas são capazes de atuar como vetores de enfermidades sistêmicas em animais, como infecção por bactérias do gênero Ehrlichia. A E. canis tem sido relatada como espécie infectante nos gatos. Descrições de parasitismo por Rhipicephalus sanguineus em felinos domésticos são esporádicos, no entanto, cinco gatos parasitados por R. sanguineus foram atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso e submetidos a exame clínico-laboratorial e análise molecular para detecção de Ehrlichia spp., adicionalmente os carrapatos removidos dos animais também foram analisados para detecção de Ehrlichia spp. ambos por meio de PCR detectando o gene dsb. No momento da consulta médica, somente dois animais apresentaram sinal de apatia e nenhuma alteração hematológica foi observada, no entanto, na análise molecular três gatos apresentaram DNA Erliquial. Somente uma fêmea de R. sanguineus apresentou presença de DNA de Ehrlichia spp., sendo que esta estava fixada em um gato positivo para infecção de Ehrlichia, porém o mesmo não apresentava sinais clínicos. Atualmente evidências de infecção por E. canis tem sido descritas em gatos domésticos, neste estudo após análise de sequenciamento, as amostras dos felinos e do carrapato demonstraram identidade entre si e entre outras sequências de E. canis disponíveis do GenBank. A transmissão de E. canis em carrrapatos R. sanguineus ocorre de forma transestadial e intraestadial, é complexo presumir neste relato se o carrapato positivo para E. canis foi infectado no momento do repasto sanguíneo no felino, ou se a infecção foi adquirida na forma de larva ou ninfa, apontando o carrapato como transmissor da infecção para o gato. Baseado nisto, discute-se a importância dos gatos como reservatório da E. canis e a posição destes no ciclo de transmissão entre cães e gatos no Brasil.