ANAIS 2014
RESISTÊNCIA DE HAEMATOBIA IRRITANS À CIPERMETRINA E DIAZINON NO URUGUAI
Autor(es): Eleonor Castro-Janer, André Díaz, Diego Buscio, Lucía de Oliveira-Madeira,, José Piaggio, Antonio Thadeu Barros

RESISTêNCIA DE HAEMATOBIA IRRITANS à CIPERMETRINA E DIAZINON NO URUGUAI
» Área de pesquisa: ENTOMOLOGIA
» Instituição: Facultad de Veterinaria-UDELAR
» Agência de fomento e patrocinadores: Comisión Sectorial de Investigación Científica-UDELAR
Desde seu ingresso no Uruguai, em 1991, Haematobia irritans (“mosca-dos-chifres”) tem sido controlada com inseticidas, tanto de forma direta como indireta, através do controle do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. O objetivo do trabalho foi estudar a suscetibilidade desta mosca aos inseticidas cipermetrina e diazinon em distintas regiões uruguaias. Entre 2011-2013 foram estudadas populações de moscas em 30 estabelecimentos de diferentes Estados, selecionados em relação à presença ou ausência concomitante do carrapato. Foram realizados bioensaios in vitro com diluições crescentes para determinação da concentração letal (CL50) e determinado um fator de resistência (FR), calculado em relação à população de campo mais suscetível no estudo. Todas as populações comportaram-se como resistentes à cipermetrina, com CL50 entre 14,5 e 233,6 µg/cm2, sendo a maioria superior a 50 µg/cm2. Contrariamente, todas as populações mostraram-se suscetíveis ao diazinon, com concentrações inferiores a 0,8µg/cm2 resultando em elevada toxicidade. A frequência de controle químico e a mobilidade das moscas entre zonas com e sem carrapato afetaram os níveis de suscetibilidade encontrados. Estabelecimentos sem controle da mosca por mais de 10 anos apresentaram populações resistentes à cipermetrina. Conclui-se que a resistência da H. irritans à cipermetrina está amplamente distribuída no Uruguai, porém, a suscetibilidade ao diazinon se mantém.