ANAIS 2014
INFECÇÃO POR LEISHMANIA SPP. EM TECIDOS DE RHIPICEPHALUS SANGUINEUS
Autor(es): Milena Araúz Viol, Bruno César Miranda de Oliveira, Monally Conceição Costa de Aquino, Saulo Hudson Loiola, Guilherme Dias de Melo, Marcos Valério Garcia, Renato Andreotti, Felicito Guerreiro Junior, Sílvia Helena Venturolli Perri, Valéria Marçal Félix de Lima, Katia Denise Saraiva Bresciani

INFECÇÃO POR LEISHMANIA SPP. EM TECIDOS DE RHIPICEPHALUS SANGUINEUS
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual Paulista - UNESP
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP (processos: 2011/51113-4 e 2012/00266-8).
Os carrapatos por possuírem hábito hematófago, comumente ingerem muitos tipos de microorganismos em seu repasto sanguíneo, sendo eventualmente capazes de transmiti-los para outros hospedeiros. Esta espécie de carrapato, cosmopolita, é estreitamente relacionada a espécie canina. Para se detectar a ocorrência de Leishmania em carrapatos e quantificar a carga parasitária, foram coletados 10 exemplares de Rhipicephalus sanguineus de cada um dos 66 cães provenientes de Araçatuba, São Paulo e Campo Grande, Mato Grosso do Sul, áreas endêmicas para a enfermidade supramencionada, totalizando assim 660 carrapatos. Estes foram dissecados, sendo individualizados o intestino, ovário e glândula salivar. Em cada órgão, foi realizado o teste de Reação em cadeia de polimerase (PCR) em tempo real utilizando primers RV1/RV2. Este protocolo objetiva os minicírculos altamente repetitivos do DNA do cinetoplasto na mitocôndria de Leishmania pertencentes ao complexo donovani. A positividade do parasito no intestino dos carrapatos foi de 96,97% e sua carga parasitária média 2775,02 Leishmania/uL, sendo que nos ovários esta foi de 43,94% e 42,57 parasitos/uL apresentando diferença significativa (p < 0,001). Com relação as glândulas salivares este valor foi de 37,88% e 10,93 parasitos/uL sendo também diferente estatisticamente (p < 0,001) quando comparado ao intestino, porém não obtendo esta diferença (p > 0,001) em relação aos ovários analisados. Como conclusão, foi verificada a predominância deste patógeno nos intestinos em relação aos outros tecidos analisados.