O ácaro Varroa destructor Anderson e Trueman (2000) é considerado uma praga apícola na criação de abelhas africanizadas Apis mellifera, promovendo desde problemas de crescimento a morte da colônia. Sendo este um ectoparasito, a análise morfométrica é um aspecto que auxilia na classificação taxonômica. Objetivou-se identificar variações morfológicas de V. destructor provindos de diferentes municípios do semiárido nordestino. Coletados de abelhas adultas, 286 exemplares, fêmeas sexualmente maduras, oriundos de apiários do municípios do Rio Grande do Norte (Grossos, Mossoró, Areia Branca e Upanema) e um do estado do Ceará (Russas), foram encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia Animal da Universidade Federal Rural do Semi-árido, onde foram mensuradas em ocular micrométrica, com observância da largura e comprimento do escudo dorsal, genital, metapodal e anal. Os dados foram expressos em média ± desvio padrão avaliados pelo programa estatístico SPSS 21, que após averiguação dos pressupostos paramétricos, diferenças estatísticas das medidas corpóreas foram testadas por análise de variância. De forma multivariada, o grau de similaridade dos espécimes entre municípios foi verificado por análise de clusters utilizando método Ward com distancias euclidianas (p<0,05). A morfometria dos espécimes entre regiões geográficas foram semelhantes, tendo largura e comprimento médio geral 1,702 ± 0,014mm e 1,136 ± 0,019mm; 0,685 ± 0,01mm e 0,592 ± 0,022mm; 0,366 ± 0,01mm e 0,45 ± 0,02mm; 0,266 ± 0,025mm e 0,138 ± 0,01mm do escudo dorsal, genital, metapodal e anal, respectivamente. Simultaneamente, as medidas morfométricas quando considerado a origem geográfica, culminaram em dois cluster, tendo os ácaros do município Areia Branca (RN), grau de similaridade reduzido das demais localidades estudadas, podendo sugerir morfotipos diferentes. A individualidade corpórea dos ectoparasitos pode ter sido influenciada por fatores ambientais, dos quais são capazes de incentivar a expressão de genes que ocasionam plasticidade fenotípica. |