ANAIS 2014
ECTOPARASITISMO POR ACARI OPHIOPTES (ACTINEDIDA) EM JARARACAS (BOTHROPS) CATIVAS NO RIO DE JANEIRO
Autor(es): MARCELO ANDRÉ SANTIAGO-MELLO, Nicolau Maués Serra-Freire

ECTOPARASITISMO POR ACARI OPHIOPTES (ACTINEDIDA) EM JARARACAS (BOTHROPS) CATIVAS NO RIO DE JANEIRO
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq
Introdução: O parasitismo em serpentes é um problema frequente, sendo as ectoparasitoses, das principais alterações patológicas observadas em répteis e criatórios, representando risco para animais e seres humanos. Objetivo: Investigar a relação entre ectoparasitas e serpentes, por comprometer criações muitas vezes voltadas à produção de soro antiofídico. Metodologia: No período 2006-2010, utilizando delineamento observacional, transversal, individualizado, com variável nominal, foi investigada a relação entre ectoparasitas e 54 serpentes criadas e/ou capturadas no Rio de Janeiro envolvendo as atividades do Instituto de Biologia do Exército – IBEx/ RJ. Foram sete jararacuçus (Bothrops jararacussu Lacerda, 1884), 36 jararacas (Bothrops jararaca Wied-Neuwied, 1824), uma cotiara (Bothrops fonsecai Hoge & Belluomini, 1959) e uma jararaca pintada (Bothrops neuwiedi Wagler, 1824) da família Viperidae; oito jibóias (Boa constrictor Linnaeus, 1758), da família Boidae, e da família Dipsadidae uma cobra cipó (Phylodrias olfersii Lichtenstein, 1823). Foram realizadas coletas manuais dos ectoparasitos após a contenção física das serpentes; o material acondicionado em frascos plásticos, com a identificação do hospedeiro, data da coleta, coletor, preservado em etanol 70° GL e identificados no Laboratório de Referência Nacional em Vetores das Riquetsioses, LIRN/ Fiocruz-RJ, com montagem de lâminas e posterior exame por microscopia de luz com aumentos de 40 e 400 vezes, utilizando as chaves dicotômicas e pranchas de Fain (1964). Resultados: 24 Bothrops jararaca, a Bothrops neuwiedi e duas Bothrops jararacussu apresentaram infestação por Acari, Actinedida, Ophioptes sp., coeficiente de prevalência de 50 %. Conclusão: Este é o registro de novos hospedeiros para o gênero Ophioptes, primeira ocorrência para a família Viperidae, e o Rio de Janeiro, Brasil é novo espaço geopolítico de ocorrência deste ácaro. O tipo de criação e os requerimentos que ela exige, como temperatura e umidade controladas, dentro de determinada faixa considerada como ótima para as serpentes, podem favorecer a infestação, reprodução e manutenção dos ácaros.