ANAIS 2014
FREQUÊNCIA SAZONAL ENTRE VARROA DESTRUCTOR E APIS MELLIFERA EM COLMÉIAS NO RIO DE JANEIRO
Autor(es): Roberta Coelho Pereira de Souza, Nicolau Maués Serra-Freire

FREQUÊNCIA SAZONAL ENTRE VARROA DESTRUCTOR E APIS MELLIFERA EM COLMÉIAS NO RIO DE JANEIRO
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Instituto Oswaldo Cruz, Fiocruz
» Agência de fomento e patrocinadores: CNPq
Introdução: As abelhas possuem larga importância ecológica, agrícola e zootécnica que influenciam a vida humana. Com as mudanças climáticas atuais há grande preocupação com a saúde destes insetos sociais. Ácaros são uma real ameaça à sobrevidência destes artrópodes, se destacando Varroa destructor Anderson & Trueman, 2000, vetor de diversos agentes patogênicos. Esse trabalho objetivou relatar a prevalência da relação simbiótica entre V. destructor em Apis mellifera, nas diferentes estações do ano, em dois municípios do Estado do Rio de Janeiro.
Metodologia: No período entre Agosto/2012 e Agosto/2013, dez diferentes colmeias do tipo Langstroth de abelhas africanizadas (A. mellifera) foram mensalmente investigadas nas suas bases físicas nos municípios de Guapimirim e Barra do Piraí. Abelhas amostradas foram isoladas em frascos de tampa de rosca. O conteúdo dos frascos onde as abelhas foram transportadas sofreram tamização e o corpo de cada abelha foi inspecionado por estereomicroscopia. Os ácaros recolhidos foram identificados e contados. Foi calculado o coeficiente de frequência da relação considerando o número de ácaros dividido pelo número de abelhas examinadas, multiplicado por 100.
Resultados: Em Guapimirim foram identificados os seguintes coeficientes de frequência por período estacional: Primavera (3,63%), Verão (0,93%), Outono (1,56%), Inverno (3,21%). Em Barra do Piraí os valores foram de: 2,67% (Primavera), 4,75% (Verão), 5,28% (Outono) e 4,14% (Inverno). Os resultados corroboram com a literatura reforçando que, no Brasil, o grau de infestação da varroatose é baixo, em torno de 2-5%, sem provocar a morte dos enxames acometidos (Moretto & Leonidas, 2003).
Conclusões: Ocorre simbiose entre V. destructor e A. mellifera com frequência se mantendo baixa ao longo dos anos.