ANAIS 2014
AÇÃO ACARICIDA IN VITRO DE TAGETES PATULA L. (ASTERACEAE) CONTRA RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS
Autor(es): Flávio Augusto Sanches Politi, Rafaela Regina Fantatto, Rosemeire Cristina Linhari Rodrigues Pietro, Rodrigo Giglioti, Márcia Cristina de Sena Oliveira, Maysa Furlan, Ana Carolina de Souza Chagas

AçãO ACARICIDA IN VITRO DE TAGETES PATULA L. (ASTERACEAE) CONTRA RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Química de Araraquara (IQ-UNESP), Núcleo de Biensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais (NuBBE)
» Agência de fomento e patrocinadores: FAPESP (Processo Número 2013/03493-8); EMBRAPA (Projeto MP3 03.11.01.023.00.00)
O carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus é um grande problema sanitário e causa enormes prejuízos à pecuária nacional. O uso intenso dos carrapaticidas comerciais levou à dispersão generalizada da resistência. Diversos trabalhos destacam o potencial repelente, inseticida e acaricida de Tagetes patula. Assim, o objetivo deste trabalho foi testar o óleo essencial e o extrato etanólico bruto obtidos de partes aéreas dessa espécie contra larvas e fêmeas ingurgitadas de R.(B.) microplus. Por cromatografia gasosa identificou-se como compostos majoritários do óleo: piperitenona (23.5%), piperitona (20.1%), terpinoleno (6.6%) e (Z)-tagetona (4.7%). O extrato é rico em flavonoides glicosilados e apresenta alguns tiofenos como α-tertienil. No Teste do Papel Impregnado foram utilizadas larvas entre 14 e 21 dias de idade, oriundas de fêmeas ingurgitadas coletadas na Embrapa Pecuária Sudeste. Aproximadamente 100 larvas foram colocadas entre papéis de filtro recém impregnados pelas soluções-teste. Os envelopes foram lacrados e acondicionados em incubadora, ocorrendo leitura após 24h. O óleo foi testado nas concentrações de 12,5, 6,25, 3,12, 1,56, 0,78, 0,39 e 0,19 mg/mL e o extrato etanólico a 100, 50, 25, 12,5, 6,25, 3,12 e 1,56 mg/mL. No Teste de Imersão de Adultos, foram utilizadas 10 fêmeas ingurgitadas/grupo, imersas durante 5 minutos nas soluções-teste. Tanto o óleo quanto o extrato etanólico foram testados a 50, 25, 12,5, 6,25, 3,12 e 1,56 mg/mL. Todos os testes foram feitos em triplicata, bem como os controles com Tween 80 (2%) e água destilada. Os resultados foram analisados via probit SAS. Nas duas primeiras concentrações o óleo eliminou 100% das larvas, demonstrando excelente potencial para o controle do parasita nesta fase (CL50 = 2,22 mg/mL (1,64-3,08) e CL90 = 7,55 mg/mL (5,02-14,73). Não foram encontrados resultados satisfatórios no teste contra fêmeas adultas. Ensaios de toxicidade deverão ser realizados, de modo a se investigar a segurança de seu uso em bovinos.