INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA DE ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DE RHIPICEPHALUS SANGUINEUS UTILIZANDO TIPS
Autor(es): Jaqueline Rodrigues de Almeida Valim, Bruna de Azevedo Baêta, Lucineia Costa Oliveira, Jéssica Fernandes de Souza, Bruna Sampaio Martins Land Manier, Marcio Cepeda Barizon, Adivaldo Henrique da Fonseca |
Alimentação artificial de carrapatos é uma técnica que vem sendo empregada para minimizar o uso de animais em experimentação. Foi avaliada a influência da temperatura na execução da técnica utilizando ponteiras plásticas em fêmeas parcialmente ingurgitadas de Rhipicephalus sanguineus, estas fêmeas foram previamente alimentadas em coelhos (Orictolagus cuniculus), a partir daí foram dormados dois grupos de peso homogêneo, compostos por treze fêmeas cada e foram submetidos à alimentação artificial por um período de 24 horas na faixa de peso entre 36 a 80mg. Ponteiras plásticas contendo sangue citratado canino foram dispostos sobre as peças bucais dos carrapatos. A avaliação do ganho de peso foi feita por pesagem antes e após a execução da técnica. Durante o período de alimentação artificial e avaliação dos parâmetros biológicos os grupos permaneceram em estufa para Demanda Biológica de Oxigênio à temperatura de 27ºC±1°C e umidade relativa de 80%. Na análise estatística, foram utilizados análise de variância e teste de Tukey para dados normais e o teste não paramétrico Kruskal-Walis para dados não normais, com 5% de significância. Os pesos médios e desvio padrão adquiridos foram de 27,3±16,3; 40,3±27,3 mg nos grupos alimentados artificialmente por 27°C e 37°C, respectivamente. Não houve o ingurgitamento completo quando comparado ao grupo controle. As médias com desvio padrão do peso total da postura e porcentagens de eclosão das larvas dos grupos alimentados por 27°C, e 37°C foram 40,4±15,8 e 44,7±22,8 e 96,8±2,0; 97,4±2,0 mg, respectivamente. Ao observar o peso total da postura os grupos não diferiram significativamente. Em relação ao percentual de eclosão, não houve diferença estatística entre os grupos. A alimentação artificial de R. sanguineus nas duas temperaturas não prejudicou a biologia dos carrapatos.Esses resultados reforçam a possibilidade do uso desta ferramenta no estudo da transmissão e interação carrapatos/patógenos in vitro,em casos onde não se pode usar a temperatura padrão de 37°C.
Palavras-chave: ingurgitamento, ganho de peso, fase não-parasitária, Ixodídeos.
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