ANAIS 2014
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA DE ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DE RHIPICEPHALUS SANGUINEUS UTILIZANDO TIPS
Autor(es): Jaqueline Rodrigues de Almeida Valim, Bruna de Azevedo Baêta, Lucineia Costa Oliveira, Jéssica Fernandes de Souza, Bruna Sampaio Martins Land Manier, Marcio Cepeda Barizon, Adivaldo Henrique da Fonseca

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA DE ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DE RHIPICEPHALUS SANGUINEUS UTILIZANDO TIPS
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES;Cnpq
Alimentação artificial de carrapatos é uma técnica que vem sendo empregada para minimizar o uso de animais em experimentação. Foi avaliada a influência da temperatura na execução da técnica utilizando ponteiras plásticas em fêmeas parcialmente ingurgitadas de Rhipicephalus sanguineus, estas fêmeas foram previamente alimentadas em coelhos (Orictolagus cuniculus), a partir daí foram dormados dois grupos de peso homogêneo, compostos por treze fêmeas cada e foram submetidos à alimentação artificial por um período de 24 horas na faixa de peso entre 36 a 80mg. Ponteiras plásticas contendo sangue citratado canino foram dispostos sobre as peças bucais dos carrapatos. A avaliação do ganho de peso foi feita por pesagem antes e após a execução da técnica. Durante o período de alimentação artificial e avaliação dos parâmetros biológicos os grupos permaneceram em estufa para Demanda Biológica de Oxigênio à temperatura de 27ºC±1°C e umidade relativa de 80%. Na análise estatística, foram utilizados análise de variância e teste de Tukey para dados normais e o teste não paramétrico Kruskal-Walis para dados não normais, com 5% de significância. Os pesos médios e desvio padrão adquiridos foram de 27,3±16,3; 40,3±27,3 mg nos grupos alimentados artificialmente por 27°C e 37°C, respectivamente. Não houve o ingurgitamento completo quando comparado ao grupo controle. As médias com desvio padrão do peso total da postura e porcentagens de eclosão das larvas dos grupos alimentados por 27°C, e 37°C foram 40,4±15,8 e 44,7±22,8 e 96,8±2,0; 97,4±2,0 mg, respectivamente. Ao observar o peso total da postura os grupos não diferiram significativamente. Em relação ao percentual de eclosão, não houve diferença estatística entre os grupos. A alimentação artificial de R. sanguineus nas duas temperaturas não prejudicou a biologia dos carrapatos.Esses resultados reforçam a possibilidade do uso desta ferramenta no estudo da transmissão e interação carrapatos/patógenos in vitro,em casos onde não se pode usar a temperatura padrão de 37°C.

Palavras-chave: ingurgitamento, ganho de peso, fase não-parasitária, Ixodídeos.