PREVALÊNCIA DE MIÍASES EM ANIMAIS DO PARQUE ZOOBOTÂNICO DE TERESINA - PI.
Autor(es): Darlesson Geovani dos Santos Sous, Simone Mousinho Freire, Vanessa Rodrigues Costa Fontinele, Nayara Thais de Brito Gonçalves, Rômulo Aécio Alves Chaves, Josué dos Santos Oliveira, Jarrel Henrique Silva dos Santos
PREVALêNCIA DE MIíASES EM ANIMAIS DO PARQUE ZOOBOTâNICO DE TERESINA - PI.
» Área de pesquisa: DOENÇAS VETORIAIS
» Instituição: Universodade Estadual do Piauí - UESPI
» Agência de fomento e patrocinadores:
Miíases são tipos de infecções que ocorrem em animais vertebrados, causados por larvas de dípteros conhecidos como moscas varejeiras, que se alimentam dos tecidos de seus hospedeiros. Vários casos de miíases em animais silvestres em cativeiro têm sido relatados e o principal motivo tem sido a falta de higienização de recintos e a má qualidade dos alimentos oferecidos. Este estudo objetivou realizar um levantamento dos casos confirmados de miíases no Parque Zoobotânico de Teresina. Os dados foram coletados de janeiro à abril de 2014 à medida que cada caso tinha sido diagnosticado. As larvas eram colhidas para posterior identificação no laboratório de zoologia e biologia parasitária da Uespi (ZOOBP). Observou-se o animal infectado, a taxa de parasitemia, o local afetado e o tratamento realizado. Foram diagnosticados com miíases 7 animais do parque, sendo 2 ursos pardos (Ursus arctos), 1 veado catingueiro (Mazama gouazoubira), 1 gavião caboclo (Heterospizias meridionalis), 1 jiboia (Boa constrictor), 1 tigre real de bengala (Panthera tigris) e 1 leão (Panthera leo), em ordem cronológica dos acontecimentos dos casos. A maioria apresentou alta taxa de infecção, todos os animais foram tratados com o mesmo medicamento, unguento e solução de iodo, para a aplicação foram utilizadas pistolas e pinceis pelos veterinários do Parque. As larvas foram identificadas como sendo de Cochliomyia macellaria, através da chave de identificação de CARVALHO;RIBEIRO (2000). Podemos concluir que a taxa de animais infectados foi bastante alta em relação ao tempo da pesquisa, confirmamos a suspeita de que os recintos são fontes de infecções já que não são higienizados corretamente e que a qualidade e a forma de distribuição dos alimentos contribuem para o aumento do número de casos da doença.