FASES DE VIDA LIVRE DE RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS NO SERTÃO DA PARAÍBA
Autor(es): Michelline Nicolle Damião Lacet de Barros, Marcelo Bahia Labruna, Franklin Riet-Correa
FASES DE VIDA LIVRE DE RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) MICROPLUS NO SERTãO DA PARAíBA
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
» Agência de fomento e patrocinadores:
FASES DE VIDA LIVRE DE Rhipicephalus (Boophilus) microplus NO SERTÃO DA PARAÍBA
Introdução: Esse trabalho avaliou a fase de vida livre do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus em condições naturais no sertão da Paraíba. Material e Métodos: O estudo foi realizado entre setembro/2011 a setembro/2012 em uma mata típica de Caatinga em Patos-PB (07° 01’ 28’’S e 37° 16’ 48’’O; altitude de 242 metros). A cada 21 dias, fêmeas ingurgitadas desprendidas naturalmente de bovinos artificialmente infestados foram pesadas e separadas em grupos de 10 indivíduos, sendo um colocado numa estufa B.O.D. a 27ºC e 80% de umidade relativa (grupo controle) e outros grupos colocados dentro de tubos cilíndricos de tela de arame, que foram colocados debaixo da vegetação de Caatinga. A cada sete dias era feita a coleta dos dados (inicio de oviposição ou eclosão das larvas) e das temperaturas máxima e mínima do solo. Resultados: Observou-se que as altas temperaturas e baixa precipitação volumétrica, que ocorreram na maior parte do ano, influenciaram nas fases de vida livre do carrapato, ocorrendo interrupção no ciclo não parasitário em quase todas as fêmeas ingurgitadas expostas às condições naturais, especialmente na eclosão das larvas. Para algumas fêmeas expostas entre os meses de outubro de 2011 a março de 2012 houve eclosão de larvas, coincidindo com a ocorrência de chuvas. Para os carrapatos da estufa B.O.D. houve postura e eclosão de larvas em praticamente todas as fêmeas ingurgitadas. Conclusões: Os resultados obtidos neste primeiro ano de observação indicam que o ambiente típico de Caatinga em Patos não é favorável ao ciclo de vida livre de R. (B.) microplus na maior parte do ano, o que pode estar relacionado a altas temperaturas e baixa umidade relativa. Esses achados merecem atenção num melhor entendimento na dinâmica da Tristeza Parasitária Bovina que veem ocorrendo nos últimos anos no sertão da Paraíba.
