EFICACIA TERAPEUTICA DE ANTICORPOS AVIARIOS IGY EM RATOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS POR TRYPANOSOMA EVANSI
Autor(es): ABIB, SCHEILA LUZ, SAMPAIO, LUZIA CRISTINA LENCIONI, STAINKI, DANIEL ROULIM, MONTEIRO, SILVIA GONZALEZ, MATHEUS DELAMÉA BALSISSERA
EFICACIA TERAPEUTICA DE ANTICORPOS AVIARIOS IGY EM RATOS EXPERIMENTALMENTE INFECTADOS POR TRYPANOSOMA EVANSI
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
» Agência de fomento e patrocinadores: Conselho Nacional de Pesquisa- CNPq
Trypanosoma evansi é um hematozoário que afeta a maioria dos animais domésticos, algumas espécies silvestres e o homem, causando enfermidade grave e fatal principalmente em caninos e equinos. Nenhuma droga farmacológica até o momento conseguiu controlar totalmente o protozoário, que se refugia na barreira hematoencefálica onde a atuação dos medicamentos usuais é mínima. Este estudo relata a ação de anticorpos específicos(IgY) produzidos através da imunização de galinhas com o parasito, e extraídos da gema dos ovos. Vinte e quatro ratos wistar, 90 dias de idade, foram divididos em 4 grupos: controle positivo (infectados com T. evansi), grupo prevenção (tratados durante 5 dias com IgY específica e após infectados com o parasito), grupo IgY (infectados experimentalmente, e após tratados com o anticorpo durante 15 dias) e grupo prev-trat (tratados durante 5 dias com IgY, infectados experimentalmente no 6º dia e tratados por mais 15 dias com o anticorpo). A infecção foi realizada com aproximadamente 104 formas tripomastigotas do parasito por via intraperitoneal. Os tratamentos foram realizados por via intraperitoneal na dose de 30 mg/kg/pv. Todos os animais do grupo controle e grupo prevenção vieram a óbito até o 5º dia pós infecção. O grupo tratado com IgY logo após a infecção experimental mostrou sobrevida até o 13º dia. No grupo prev-trat a parasitemia foi observada entre o 12º e 16º dia, e os animais vieram a óbito entre o 26º e 30º dia. Estes achados permitem afirmar que na dose utilizada estes anticorpos não previnem e nem controlam a infecção. No entanto, aumentam significativamente o período pré-patente e a longevidade quando administrados antes e após a infecção experimental, além de reforçar as defesas imunológicas.