ANAIS 2014
EVIDÊNCIA DA INTERAÇÃO DO FUNGO NEMATÓFAGO DUDDINGTONIA FLAGRANS SOBRE TELEÓGINAS DE AMBLYOMMA CAJENENSE
Autor(es): Filippe Elias de Freitas Soares, Fabio Ribeiro Braga, Jackson Victor de Araújo, Thaís Zanotti Giuberti, Jeanne Saraiva da Paz, Manuela Colares, Emy Hiura, Juliana Milani Araujo, Lorendane Millena de Carvalho, José Humberto Queiroz

EVIDêNCIA DA INTERAçãO DO FUNGO NEMATóFAGO DUDDINGTONIA FLAGRANS SOBRE TELEóGINAS DE AMBLYOMMA CAJENENSE
» Área de pesquisa: ACAROLOGIA
» Instituição: Universidade Federal de Viçosa
» Agência de fomento e patrocinadores: Os autores agradecem a CAPES, ao CNPq, a FINEP Pró-equipamentos e a FAPEMIG pelo apoio financeiro.
O presente trabalho objetivou avaliar a produção e a caracterização das quitinases do fungo nematófago D. flagrans (AC001) e observar a interação deste fungo sobre teleóginas de A. cajenense em condições laboratoriais. Dois ensaios experimentais in vitro (A e B), foram realizados em etapas distintas. No ensaio A, as teleóginas de A. cajenense foram separadas e imersas em suspensão fúngica de 106 conídios/mL do fungo D. flagrans (AC001) e colocadas em placas de Petri à temperatura de 25 ± 1º C e 80 ± 10% de umidade relativa, no escuro sendo formados dois grupos, tratado e controle. Após 7 dias foi verificada a esporulação do fungo sobre as teleóginas e inóculos do mesmo foram transferidos para placas de Petri contendo meios de cultura sólidos ágar-água 2% e batata dextrose ágar 2% para crescimento micelial e posterior reisolamento. No ensaio B foi utilizado farelo de trigo suplementado com quitina a 1% e meio mínimo líquido para a produção de quitinase. Em seguida, purificou-se parcialmente uma quitinase por meio de uma técnica de adsorção específica. Esse processo foi acompanhado por SDS-PAGE. A atividade de quitinase foi determinada em diferentes pHs e temperaturas. Os resultados no ensaio A, evidenciaram a interação dos conídios do fungo D. flagrans (AC001) produzidos a partir de ágar-quitina sobre as fêmeas teleóginas de A. cajenense. Foi verificada a presença de hifas adesivas simples, conídios e clamidósporos. No ensaio B, D. flagrans (AC001) produziu uma quitinase massa molecular estimada em aproximadamente 34 kDa. O maior valor de atividade enzimática foi obtido em pH 8,0 e em 60 ºC. O fungo D. flagrans (AC001) produziu uma quitinase aqui evidenciada pela primeira vez. No entanto, sugere-se fortemente maiores estudos para a elucidação do mecanismo molecular de infecção de organismos alvo pelo fungo.