PARASITAS GASTROINTESTINAIS EM URSOS MANTIDOS EM CATIVEIRO NO PARQUE ZOOBOTÂNICO DE TERESINA – PI, BRASIL
Autor(es): JESSICA PEREIRA DOS SANTOS, ANDREZA PEREIRA MOURA, CECÍLIA MARIA DA SILVA SANTANA, MARIA IVA DO NASCIMENTO PEREIRA, BRUNA LAYRA SILVA, SIMONE MOUSINHO FREIRE, KITAWANN TAYRONE DE SOUSA NUNES CARDOSO, ANANGELA RAVENA DA SILVA LEAL, STANLEY SUDÁRIO DE OLIVEIRA |
Os ursos pardos ocupam uma variedade de habitats, a partir das bordas do deserto às florestas de alta montanha e campos de gelo. Historicamente, eles eram comuns nas grandes planícies, antes da chegada dos colonizadores europeus. No Brasil, esses animais encontram-se em extinção no ambiente natural, e devido a isso, maioria dos exemplares está em cativeiro. A manutenção de populações em cativeiro se faz importante para a conservação da espécie, já que com o passar dos tempos, esses animais vêm perdendo seu espaço por diversos motivos, tais como as queimadas, desmatamento e destruição do seu habitat natural, colocando em risco a sua permanência na natureza e, caso a espécie atinja perigo crítico de extinção, é necessário que haja populações saudáveis em cativeiro e com padrões fisiológicos e patológicos bem conhecidos, incluindo a susceptibilidade a parasitos e a eficácia de antiparasitários. Este trabalho visou identificar parasitos gastrintestinais em ursos mantidos em cativeiros no Parque Zoobotânico de Teresina – PI, Brasil. Nesse estudo foi pesquisada uma espécie de urso (Ursus arctos), totalizando 3 animais. As amostras fecais foram coletadas quinzenalmente durante 2 meses (outubro a dezembro), totalizando no final, 24 amostras, e foram analisadas no Laboratório de Zoologia e Biologia Parasitária da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, pelas técnicas de Willis modificado e de Hoffmann, Pons e Janer para pesquisa de parasitas. Nesses animais, 14/24 (58,3%) das amostras foram positivas para infecção simples por parasitas da família Strongylidae 6/14 (25%) e Acylostomatidae 8/14 (33,3%). Com o aumento do número de pesquisas na área de animais silvestres, têm-se conhecido novos disseminadores de parasitos, tanto para outros animais como para o homem e pela ausência de sinais clínicos das parasitoses inferiu-se que os animais deste estudo são portadores assintomáticos e atuam como disseminadores destes parasitos para o ambiente. |