CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADE DE ANTICORPOS AVIÁRIOS IGY CONTRA TRYPANOSOMA EVANSI EM LINFÓCITOS HUMANOS
Autor(es): Luzia Cristina Lencioni Sampaio, Matheus Dellaméa Baldissera, Michele Rorato Sagrillo, Daniel Roulim Stainki, Silvia Gonzalez Monteiro
CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADE DE ANTICORPOS AVIáRIOS IGY CONTRA TRYPANOSOMA EVANSI EM LINFóCITOS HUMANOS
» Área de pesquisa: PROTOZOOLOGIA
» Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
» Agência de fomento e patrocinadores: Cnpq
Este estudo investigou os efeitos citotóxicos e genotóxicos de anticorpos policlonais (IgY) produzidos a partir da imunização de galinhas contra o protozoário Trypanosoma evansi, agente etiológico da enfermidade conhecida como “Mal das Cadeiras”, que atinge preferencialmente equinos. Para a realização dos testes foi utilizado cultura de linfócitos humanos e amostras de IgY (1-2.5-5-10 mg/mL). A análise da viabilidade celular utilizou como parâmetro o 3-(4,5) -dimetiltialzolil-2,5-difeniltetrazólio (MTT) para avaliação da atividade mitocondrial. Para avaliar o potencial genotóxico foi realizado o teste de instabilidade cromossômica. A formação de espécies reativas e a peroxidação lipídica foi mensurada através do teste do ácido 2-tiobarbitúrico (TBARS). Nas concentrações testadas, a imunoglobulina não alterou a estrutura e fisiologia celular. A viabilidade celular foi preservada em 100% das amostras, sendo que a concentração de 10 mg/mL mostrou ação proliferativa. O percentual de metáfases intactas, morfologia do núcleo e ausência de marcadores de instabilidade cromossomal demonstram a ausência de interferência da IgY sobre o DNA celular. A formação de malondialdeído, metabólito final da peroxidação lipídica, ocorreu em quantidades similares ao grupo controle, não causando alterações na estrutura e permeabilidade da membrana celular. Estes achados demonstram a inocuidade destes anticorpos em relação as células dos mamíferos, sendo portanto, recurso terapêutico viável no controle e prevenção da doença provocada por este protozoário.
