O nematóide Angiostrongylus cantonensis causa meningoencefalite eosinofilica em humanos e dessa forma alternativas de controle devem ser estudadas.Em relação ao seu ciclo de vida, a infecção é adquirida pela ingestão de moluscos (hospedeiros intermediários) dos gêneros Agrolimax, Limax, Deroceras contendo as larvas infectantes (L3). O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade predatória de oito isolados fúngicos das espécies Duddingtonia flagrans (AC001, CG768 e CG722), Monacrosporium thaumasium (NF34), M. sinense (SF53) e Arthobotrys robusta (I31), A. cladodes (CG719) e A. conoides (I40) sobre larvas de primeiro estádio (L1) de Angiostrongylus cantonensis em condições laboratoriais. Os grupos tratados continham 1000 conídios dos isolados fúngicos e 1000 L1 de A. cantonensis em placa de Petri contendo o meio ágar – água 2% (AA2%). O grupo controle (sem fungos) continha apenas 1000 L1 de A. cantonensis em AA2%. A comprovação da atividade predatória foi observada ao final de sete dias, onde foram observados os seguintes percentuais de redução de L1: AC001 (82,8%); CG768 (71,0%); CG722 (72,8%); NF34 (86,7%), SF53 (89,7%); I40 (48,3%), CG719 (84,7%) e I31 (80,4%). Foi observado que não houve diferença (p>0,01) entre a ação dos isolados utilizados ao final de sete dias, no entanto, foi notada diferença (p<0,01) em relação ao grupo controle. Os resultados obtidos no presente trabalho confirmam trabalhos anteriores da eficiência dos gêneros Duddingtonia, Monacrosporium e Arthobotrys no controle de larvas de nematóides potencialmente zoonóticas sendo este o primeiro relato sobre L1 de A. cantonensis. |