ANAIS 2014
INIBIÇÃO DA ECLODIBILIDADE DE HAEMONCHUS CONTORTUS PELA AÇÃO DO EXTRATO AQUOSO DE EUGENIA UNIFLORA (PITANGUEIRA)
Autor(es): Luciana Laitano Dias de Castro, Isabel Martins Madrid, Leonardo Mortagua de Castro, Maria Eisabeth Aires Berne, Fábio Pereira Leivas Leite

INIBIÇÃO DA ECLODIBILIDADE DE HAEMONCHUS CONTORTUS PELA AÇÃO DO EXTRATO AQUOSO DE EUGENIA UNIFLORA (PITANGUEIRA)
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal do Parana
» Agência de fomento e patrocinadores: CAPES
As parasitoses representam um dos principais fatores de limitação da produção animal, e, poucos anti-helmínticos possuem ação efetiva que minimizem a infecção dos ovinos. O estudo avaliou a ação in vitro do extrato aquoso (EA) de Eugenia uniflora (pitangueira) sobre ovos de Haemonchus contortus. Folhas da planta foram coletadas em Canguçu (RS/Brasil), em dezembro de 2012 e E. uniflora foi identificada e depositada no Herbário da UFPel. As folhas foram desidratadas e 20 g da planta foi homogeneizada com 200 mL de água destilada estéril, sob agitação constante e em banho maria em óleo na temperatura de 65°C por uma hora. A amostra foi filtrada e o mesmo procedimento repetido por mais duas vezes com a mesma planta, as três partidas foram congeladas a - 75°C e liofilizadas. O teste de inibição da eclodibilidade foi realizado em microplacas, com quatro repetições, contendo 150 ovos por poço e o EA de pitangueira em seis concentrações (40 a 1,25 mg/mL). Como controle foi utilizado tiabendazol (0,025 mg/mL) e água destilada. As placas foram incubadas em estufa a 27°C por 24h para posterior quantificação de ovos e larvas. Para determinação do gênero dos parasitas foi realizado coprocultura, a qual revelou 97% Haemonchus spp. e 3% Trichonstrongylus spp. Os controles com água destilada e anti-helmíntico demonstraram percentual médio de inibição de 9,9% e 98,58%, respectivamente. O EA de pitangueira na concentração de 40 e 20 mg/mL demonstrou 64,99 e 65,39% de inibição, respectivamente, não diferindo estatisticamente entre si (p>0,05). Nas concentrações seguintes (10; 5; 2,5 e 1,25 mg/mL) ocorreu um decréscimo gradual da atividade, variando de 56,01 a 14,56%. A ação em todas as concentrações apresentou diferença significativa da atividade dos controles (p<0,05). O EA de pitangueira inibiu o desenvolvimento de Haemonchus contortus, sendo nas concentrações 40 e 20 mg/mL mais eficiente.