As parasitoses representam um dos principais fatores de limitação da produção animal, e, poucos anti-helmínticos possuem ação efetiva que minimizem a infecção dos ovinos. O estudo avaliou a ação in vitro do extrato aquoso (EA) de Eugenia uniflora (pitangueira) sobre ovos de Haemonchus contortus. Folhas da planta foram coletadas em Canguçu (RS/Brasil), em dezembro de 2012 e E. uniflora foi identificada e depositada no Herbário da UFPel. As folhas foram desidratadas e 20 g da planta foi homogeneizada com 200 mL de água destilada estéril, sob agitação constante e em banho maria em óleo na temperatura de 65°C por uma hora. A amostra foi filtrada e o mesmo procedimento repetido por mais duas vezes com a mesma planta, as três partidas foram congeladas a - 75°C e liofilizadas. O teste de inibição da eclodibilidade foi realizado em microplacas, com quatro repetições, contendo 150 ovos por poço e o EA de pitangueira em seis concentrações (40 a 1,25 mg/mL). Como controle foi utilizado tiabendazol (0,025 mg/mL) e água destilada. As placas foram incubadas em estufa a 27°C por 24h para posterior quantificação de ovos e larvas. Para determinação do gênero dos parasitas foi realizado coprocultura, a qual revelou 97% Haemonchus spp. e 3% Trichonstrongylus spp. Os controles com água destilada e anti-helmíntico demonstraram percentual médio de inibição de 9,9% e 98,58%, respectivamente. O EA de pitangueira na concentração de 40 e 20 mg/mL demonstrou 64,99 e 65,39% de inibição, respectivamente, não diferindo estatisticamente entre si (p>0,05). Nas concentrações seguintes (10; 5; 2,5 e 1,25 mg/mL) ocorreu um decréscimo gradual da atividade, variando de 56,01 a 14,56%. A ação em todas as concentrações apresentou diferença significativa da atividade dos controles (p<0,05). O EA de pitangueira inibiu o desenvolvimento de Haemonchus contortus, sendo nas concentrações 40 e 20 mg/mL mais eficiente. |