ANAIS 2014
POLIMORFISMO F200Y DO GENE DA β-TUBULINA EM POPULAÇÕES NATURAIS DE HAEMONCHUS CONTORTUS DO SEMIÁRIDO BAIANO.
Autor(es): Sabrina Mota Lambert, Bárbara Maria Paraná da Silva Souza, Sandra Mayumi Nishi, Fred da Silva Julião, Maria Angela Ornelas de Almeida

POLIMORFISMO F200Y DO GENE DA β-TUBULINA EM POPULAçõES NATURAIS DE HAEMONCHUS CONTORTUS DO SEMIáRIDO BAIANO.
» Área de pesquisa: HELMINTOLOGIA
» Instituição: Universidade Federal da Bahia
» Agência de fomento e patrocinadores: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado da Bahia - FAPESB - Projetos PRONEM Nº1494/2011 e SEMIÁRIDO Nº2892/2011.
A caprinocultura é considerada uma das principais atividades econômicas nas regiões semiáridas do Brasil, caracterizadas por sistemas agrícolas de pequeno porte e sustento familiar. Tal atividade é limitada fortemente por altos índices de infecções por nematoides gastrintestinais e o uso contínuo de anti-helmínticos, principalmente de benzimidazóis (BZDs), tem levado ao desenvolvimento de resistência, tornando-se um agravante na produção de caprinos nestas áreas. Resistência aos BZDs está associada, em parte, à uma mutação pontual no resíduo 200 do gene que codifica a proteína β-tubulina, onde a substituição de uma fenilalanina por uma tirosina (F200Y) provoca a perda de receptores de ligação aos BZDs. Neste trabalho, delineamos o perfil de 22 populações de H. contortus de caprinos de sete regiões do semiárido baiano quanto ao polimorfismo F200Y, por reação de PCR em tempo real, utilizando sondas LNA, para conhecer os níveis de resistência e suscetibilidade aos BZDs, e assim diagnosticar a situação de populações naturais deste nematoide na região em relação a tal problemática. Os percentuais de genótipos SS variaram de 4,3 a 77,6%, SR de 12,2 a 63,3% e RR de 4,3 a 51,1%, enquanto as médias das frequências dos alelos S e R foram de 57,7% e 42,3% respectivamente. Apesar de apresentar níveis de genótipos resistentes (RR) baixo em mais de 86% das populações, o elevado percentual de indivíduos heterozigotos em praticamente todas elas, torna a frequência de alelos para resistência (R) expressiva. A presença de tal alelo tende a elevar o percentual de indivíduos resistentes ao longo do tempo, em virtude do curto ciclo de vida deste parasito, da pressão de seleção a qual estão submetidas as populações estudadas, devido ao uso indiscriminado de antiparasitários, e do deficiente manejo sanitário dos rebanhos, agravando o perfil de resistência encontrado.